Tendo descoberto que havia gatuno em casa, fez-se diligencia e o apanharam com um saco preto que tinha 2 milhões de kwanzas. Amarraram o gatuno e ligaram para a Polícia de Investigação. Esses o levaram e o prenderam. O processo de investigação foi correndo até o dia do julgamento em tribunal. O Carlos e o Abel foram notificados para prestarem depoimentos, por serem eles que apanharam o gatuno. Na investigação aperceberam-se que o gatuno prestou depoimentos de que foi apanhado com 2 milhões que havia roubado numa casa antes, e que o dinheiro ficou com a família que o apanhou. Então, Carlos começou a ficar preocupado, porque na primeira hora não prestou essa informação aos polícias nem ao filho Abel que não deu conta do dinheiro. Enquanto esperavam para entrar na entrevista, Carlos viu o Abel a ir à casa de banho e o seguiu. Lá disse-lhe baixinho, se te perguntarem sobre dinheiro, diga que não havia nenhum dinheiro, ok? - sim, papá! Respondeu, o menino.
Depois de saírem da casa de banho, voltaram para os seus lugares. Foram chamados, um após o outro, e foram ouvidos. Depois, o semblante que parecia de alívio, complicou-se quando o investigador mandou-lhes aguardar dizendo: - ainda não vão, mandamos revistar a vossa casa. Com essa informação, Carlos começou a sentir dor de barriga, estava muito aflito, pensando no cesto de roupa suja, onde escondeu o dinheiro.
Depois de alguns instantes, o telefone do investigador tocou, na conversa, apercebeu-se que encontraram o dinheiro em casa. Então, chamou-os de novo para os interrogar:
- Na vossa casa, encontraram um dinheiro, que pelas características do saco, parece que é o que procuramos. Então, quem escondeu no cesto de roupa?
O pai, tremendo de medo não sabia responder, tentava falar algo, mas,
gaguejava. Ai o filho cortou a palavra ao pai e respondeu: - eu é que pus lá, encontrei em cima do teto no dia seguinte, apois termos agarrado o gatuno, suponho que ele é que havia deixado lá.
Então não denunciaste porquê?
- Porque não tinha a certeza, se era mesmo do gatuno ou não, e depois, precisamos muito de dinheiro também...
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