O Professor e a aluna

Amor a primeira vista, sentiu naquele dia, quando dentro da sala de aula ensinava e de repente, batimentos na porta ouviu-se. Ao abrir a porta era uma menina linda, preta de muito cabelo com um sorrisinho nos lábios, uma aluna atrasada.

- És dessa turma?

- Sim, professor! Respondeu ela.

- Por que atrasaste?

- Porque…

- …Entra.

Não perdeu o fio continuou ensinando. Mas, minutos depois o olhar insistente, da aluna atrasada, ao professor transmitia sentimentos de paixão. E não estava enganado, um bom entendedor percebia logo aquele reparo global ao professor e as perguntinhas que lançava… Era jovem e solteiro o professor, uns seis anos a mais que a aluna e não tinha namorada. Apesar disso era um bom profissional, sabia o que estava a fazer, embora começara a se interessar pela menina não podia dar a perceberem à turma a sua paixão por ela. Contornou a situação, tirou da cabeça aquele sentimento intruso e deu a sua aula com normalidade até ao intervalo, quando chamou a menina e conversaram um pouco:

- Como te chamas? – Donde vieste? – Estás cá a muito tempo? – És repetente? …

Eram perguntas de todas as maneiras querendo saber mais dela. Valeu a conversa, sentiram-se mais próximos!

Passaram-se os dias e os dois ficavam reflectindo no que estava para acontecer.

A escassos metros da escola ficava a casa dos professores, foi um bom pretexto para ela se aproximar mais ainda do seu príncipe encantado com desculpas de querer beber água, querer lanche e etc. Estava tudo mais facilitado, também, ao professor até que um dia descaradamente brincando apresentou-lhe aos colegas:

- Vocês sabiam que a Célia é minha namorada?

E os colegas que também eram brincalhões! Só facilitaram o cenário pedindo-lhes um beijo como prova:

- Se vocês são namorados, mostram-nos…

O professor inexperiente e envergonhado não entendeu nada quando viu e sentiu a boca da miúda na sua. Foi um grande sentimento de amor e carinho que evadiu o coração do professor, pois nunca tinha visto e sentido um beijo como aquele.

Momentos depois, sem se pedirem nem se prometerem nada a relação de namoro começou. Eram namorados, o professor de Matemática com 20 anos de idade e a aluna com 14 anos. A fama atingira todos os cantos da escola e em todas as artérias da comuna ouvia-se “ o professor Zé namora com a Célia.

Era verdade, embora professor não pode namorar com aluna menor de idade mas, sinceramente, eles estavam duplamente apaixonados e o professor era alguém sério e responsável, o que fez com que os mais velhos não pudessem se opor. Até porque tinha a vantagem de ser um assalariado naquela terra onde miúdas são engravidadas e não assumidas.

Nas aulas o professor era PROFESSOR e BOM, não misturava as coisas, deixava tudo claro que apenas ele era o chefe da sala e que o restante era alunos que podiam se comportar como alunos, nada de ciúmes nem de cunha. Fora da turma não se cansava de lhe aconselhar:

- Miúda estuda, não brinca, não confundi as coisas, não dorme na nossa relação, tá?

- Na minha disciplina, igualmente, tens que ser boa, ao menos assim os teus colegas serão testemunhas de sua dedicação.

- Já imaginaste se tiras muitas negativas, o que será da pauta no final?

Felizmente a rapariga acatou os conselhos do professor-namorado, conseguindo assim controlar suas emoções. Com isso, conseguiu tirar notas boas, inclusive surpreendia o professor e os colegas com as positivas em Matemática.

No final a aluna aprovou! Mas, como podem imaginar, algumas pessoas não podiam acreditar, começaram a relacionar as coisas, dizendo:

- A Célia aprovou com cunha, o professor de Matemática lhe ajudou, ela não sabia nada!

…

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