Era uma vez, uma menina que, quando mais nova, andava sempre com a sua mãe, solteira estafeta duma Instituição, percorria, diariamente, muitos quilómetros a pé, pela cidade, levando e buscando expedientes do trabalho. A menina foi crescendo na cola da mamã e entendendo do trabalho que a mãe fazia.
Mais tarde, quando a menina já estava na adolescência com os seus 14 anos de idade, a mãe - dona Ana, contraiu uma doença grave que não encontrava cura nos hospitais locais. Então, a família, preocupada com o estado de saúde da dona Ana, decidiram levá-la ao campo, na sua zona de origem, onde internaram-lhe num Quimbanda. Dona Ana ficou ali internada durante alguns dias, mas, o estado de saúde não melhorava, infelizmente. Depois de 15 dias, dona Ana não aguentou a doença, faleceu!
A notícia da morte chegou à cidade, no local de serviço, os colegas ficaram muito sentidos!
A vida dos filhos da dona Ana ficou muito abalada e, depois de 6 meses, as coisas se agravaram ainda mais, sem rendimento e sem pai, comiam de esmola!
A menina, a mais velha dos irmãos, às manhãs, depois de acordar, preparava-se e ia ao serviço da mãe, como se fosse uma funcionária. A verdade é que ela ia lá, mas ficava fora para pedir ajuda aos colegas da falecida mãe e aos transeuntes. Felizmente, as vezes, encontrava pessoas de boa fé que a apoiavam e assim conseguia comprar comida para alimentar os irmãos. Depois de 2 anos e meio, nessa vida de esmola, a menina, não conformada com a vida que levavam, pensou em ter uma renda mensal. Então, ganhou coragem e foi ter com o senhor António, o chefe da empresa onde trabalhava a dona Ana, para pedir-lhe um emprego. O senhor, ficou chocado, depois de ouvir os argumentos da menina, sobre as dificuldades em que passavam, e replicou-lhe:
- Como vou te ajudar, menina? És menor de idade, e não tens experiência!
- Senhor, eu sei fazer o trabalho que a minha mãe fazia, passei 10 anos com ela girando toda a cidade, buscando e entregando expedientes.
O senhor António ouviu, atentamente, a menina e pensou no estafeta actual que era um incompetente. Então, decidiu dar uma chance a menina, apesar da sua idade, e como a necessidade dela era urgente, decidiu dar-lhe o trabalho como estagiária. Portanto, a empresa passou a ter dois estafeta. Aí, a menina começou a brilhar desempenhando suas tarefas com toda dedicação como fazia a sua falecida mãe. E, não foi preciso muito tempo para o chefe perceber que a menina era boa no trabalho, de facto, sua produtividade mostrava mesmo que era melhor que o colega. Então, o chefe, depois da menina atingir a maioridade, efectivou-a passando a dar-lhe um salário.
Felizmente, com o salário, as condições da menina e seus irmãos melhorou um pouco. A menina colocou, os seus irmãos na escola e mais tarde ela própria também matriculou-se para estudar.
Passando alguns anos, num dia normal de trabalho, a menina no exercício da sua actividade, caminhando pelas ruas da cidade, foi atropelada!...
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