É triste quando a pessoa trabalha durante um mês e no final do período o salário não chega para arcar com as despesas básicas do indivíduo ou da sua família. Infelizmente, na nossa sociedade existem muitos afetados por essa situação e, na minha opinião, isso só acontece porque aqueles que têm o poder de decisão não conhecem as necessidades primárias de um trabalhador ou, talvez, não se importam com o bem-estar do mesmo.
As pessoas não devem ganhar salário como se estivessem a receber uma esmola. Elas desprendem energia trabalhando e esperam sempre recarregar as forças para manter a sobrevivência, e sabemos todos que a fonte de energia humana são os alimentos. Assim, seria bom que o salário mínimo chegasse, pelo menos, para comprar comida que aguente o funcionário durante um mês. Pois, não há alguém que com fome consiga manter a motivação de trabalhar por muito tempo. E, um trabalhador desmotivado não executa correctamente a sua tarefa.
Então, qual é o interesse dos empregadores? Logicamente, é o lucro, crescimento, desenvolvimento, rendimento, etc. O problema está em saber como esses ganhos surgem. Por isso, empregadores ou gestores que reconhecem e valorizam os seus recursos humanos como a base para o alcance de seus objectivos conseguem mais sucessos que os outros, aqueles que não valorizam os recursos humanos com dignidade e vivem muitos problemas de desrespeitos, corrupção, abandono de serviço, difamação, etc.
O salário mínimo é regulado por lei, mas, infelizmente, o mesmo é aprovado por um grupinho de gentes que ganham salários altos e que não têm experiências em consumir um mísero salário durante o mês.