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Mwéene-Ndaka
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Textos
O galo vadio
Desde que comprei e levei para casa a minha galinha de cor preta, não haviam passado Dois dias quando um galo estranho apareceu no meu quintal fazendo companhia a nova e única galinha. Não sabemos de onde saiu e como tinha se apercebido da visita. Assim, a galinha que estava para ser comida ganhara a sorte de viver mais tempo. Não nos chateamos muito com a presença do galo, pois pensamos logo num bom parceiro para a galinha pôr ovos, embora o meu pequeno Army corria com ele jogando-lhe pedras para afugentar-lhe.
Passaram-se os dias, semanas e meses e a nossa expectativa pelos ovos era cada vez mais fraca. Não sabemos o que se estava a passar, só sabíamos que todos os dias o galo montava a galinha e essa por sua vez não punha ovos! Se fossem casal de homens, diríamos sem medo de errar que eles não fazem filho.
Portanto, o galo que pensávamos ser um bom partido, acabou por nos trazer prejuízos, pois deu cabo, para além da comida que dávamos para a galinha, destruiu a nossa pequena vegetação plantada no quintal inclusive a nossa pequena bananeira que podia nos dar frutos no futuro.
Doeu ver a bananeira destruída e doeu ainda pensar que o meu filho tinha um bom palpite em correr sempre com o galo estranho, pois se o deixássemos ele expulsar a vontade, não teríamos esse prejuízo que o galo causou.    
Por isso, galinha para comer deve ser cozida e posta a mesa, e galinha para criar é preferível comprar casais de pintainhos e pô-los numa capoeira. Com isso, decidimos comer a nossa galinha e expulsar o galo.
Mwéene Ndaka
Enviado por Mwéene Ndaka em 06/03/2012
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