Convidaram-me para ser júri de um concurso de Miss. Foi uma jovem amiga que dirigiu-se para mim, no meu local de trabalho, e propôs-me a questão, começando por saber de mim se podia viajar no final de semana, pois o concurso estava para Sábado. Ela sabia da minha rotina às sextas-feiras a tarde (viajando para casa).
Percebi logo que afinal eu inspirava confiança às pessoas da minha comunidade. Assim agradeci a firmeza dela em me propor esse serviço de eleição.
Ainda perguntei o por que ela pensou em mim. E a rapariga respondeu-me dizendo que é por eu não conhecer as concorrentes e assim não poderia haver a possibilidade de se fazer cunha. Sorri dizendo que conhecia todas e que todas me conheciam também (risos).
Estava bom o diálogo com ela … mas a resposta em mim foi negativa – um “não posso” que parecia ser pré-definido na minha boca. Admirada com a minha resposta perguntou:
- Por que não podes?
- É complicado te dizer… mas saiba que os meus conceitos, os meus ideais sobre Mulher e beleza são diferentes do comum, ou do que muitos dizem!
- Como assim? – insistiu ela.
- Não faço distinção de beleza feminina pela roupa, pele, cor, maneira de andar, penteado nem pelo sorriso, etc. E se continuar a te explicar, vais pensar que sou um antiquado, embora terás uma certa razão (risos). Mas, Contudo foi bom perceber que confias em mim, obrigado.          


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