Estava tudo bom, Operação STOP, nenhum carro passava por ali sem parar e cobrado ao motorista a documentação. Não sei por que naquele dia a Polícia Trânsito decidiu aquela operação. Os legalizados como é óbvio eram liberados, mas no local muitos carros parquearam por falta de documentação ou objectos inerentes ao carro como Macaco, Triangula, etc. Infelizmente o Táxi em que eu andava também não estava documentado, tivemos que parar, descemos da viatura enquanto o motorista conversava com o polícia. O local estava cheio, parecia um acampamento, uns tristes, uns conformados, outros pedindo favores e eu indiferente até porque percebia logo que os senhores polícias só estavam a fazer o seu trabalho, no coração eu dizia – sim senhor, estão a trabalhar! Mas não demorou o meu reconhecimento que terminou numa negativa, quando lá vinha um carro (Toyota Rav4) que parou também depois de um Trânsito sinalizar-lhe para o efeito; este parou até quando o polícia se aproximou da viatura e notando que o motorista era um fardado com o uniforme das Forças Armadas, deu continência e fez-lhe sinal para continuar a marcha. Fiquei chateado, muito chateado mesmo - Mas quem é esse Senhor com farda? Um General? – Perguntei a mim mesmo. Não podemos afirmar que era um tropa porque ninguém o identificou em documentos, apenas em roupa, mas a roupa podia ser, talvez, roubada, quem sabe? E se calhar também o carro, até porque o carro é civil!
Todos somos iguais perante a lei, pelo menos é isto que diz a constituição. É normal dar prioridade a algumas pessoas, sobretudo aquelas que gozam de imunidade, devido a posição social que ostentam mas têm que ser identificados ou verificados seus documentos para os conhecermos e não cairmos em erro que só mancham o nosso trabalho!  
É triste, o polícia não conhecia aquele tropa, se é que é, não sei se tremeu de medo com o fardamento! Mas, já não há guerra (armada), por que tremermos mais com os militares?!